Depoimentos
Alguns Depoimentos do Amor e Vida
Claudete Almeida Felício
Elizabeth Aparecida de Almeida
Meu nome é Elizabeth Aparecida de Almeida, tenho 3 filhos,uma de 20 anos que é a Èrika, o Rodrigo de 18 anos e a Yasmim de 14 anos. Tenho câncer na garganta e fui diagnosticada com a doença através da visita periódica ao dentista para fazer uma limpeza de dentes que estava acostumada a fazer a cada 6 meses. O dentista viu uma bola pequena atrás do meu dente do fundo e achou que fosse absesso e começou a mexer e aquilo foi crescendo até pegar metade do céu da boca e fui sofrendo porque ele abriu para tirar o que tinha, mas não saía nada; passei o Natal e o ano novo de 2008 sem comer nada, fui emagrecendo e estava com medo de voltar ao médico quando uma amiga minha foi me buscar em casa para ir à dentista novamente. E Graças ao bom Deus havia uma dentista que viu que tinha alguma uma coisa errada e me encaminhou para a faculdade ACDC e fizeram uma punção e não saiu nada; era janeiro de 2009 e ela resolveu fazer a biópsia no mesmo dia. Demorou 30 dias para sair o resultado e quando saiu a dentista estava sem coragem para me dar o diagnóstico, mas eu vi no final do resultado que era maligno. Eu falei com ela que já sabia e ela confirmou com a cabeça. Naquele momento, eu fiquei sem chão e o que me sustentou foram meus filhos e minha mãe. Fui encaminhada para a PUCC e fui operada no mesmo dia, 27/03/2009. No mesmo dia descobri que tinha 26 nódulos no pescoço mas fui para a operação e foi um sucesso. Fiz a radioterapia e emagreci mais de 20Kgs. Foi quando eu descobri o Instituto Amor e Vida no dia 04/08/2009. Eles me acolheram com muito amor e carinho, na época era a Gislaine, a assistente social e a Leninha que foram muito atenciosas comigo. Elas me deram uma força tão grande que eu tenho o Instituto como uma segunda casa porque o apoio que eles me deram foi muito grande, elas me encaminharam para a Nutricionista, Psicóloga, Reiki e eu fazia artesanato também. Estou com eles até hoje e eu devo tudo a eles porque sem eles eu não sou nada, eles me fortalecem espiritualmente, quando estou pra baixo eles me levantam, me dão palavras amigas que muitas vezes você pensa em desistir, mas eles me dão esta força. Estou tratando de outro câncer que apareceu, mas tenho fé em Deus que vou sair dessa e com o apoio do Instituto Amor e Vida.
Lucia Campos Rodrigues
Meu nome é Lucia Campos Rodrigues. Conheci o Instituto Amor e Vida por acaso. Vi a placa e entrei, estava desesperada, a palavra câncer mexe muito com a cabeça da gente. Não sabia o que ia encontrar lá, mas fiquei encantada; na mesma hora fui atendida pela assistente social que me tratou com muito carinho. No mesmo dia passei pela psicóloga, depois fui encaminhada para a terapia de Reiki. Após cada dia de terapia e de atendimento psicológico me sentia melhor. Às vezes chegava lá triste, com dor, desanimada e depois me sentia outra pessoa, com mais paz, com as energias renovadas para continuar a luta. Hoje estou curada e freqüento a casa todas as quinta feira para as aulas de artesanato, onde sou acolhida com muito carinho. Agradeço a todos do Instituto Amor e Vida pelos que me acolheram e que me acolhem até hoje. Obrigada
Luciana Silvestrini Dorta
Meu nome é Luciana Silvestrini Dorta, tenho 37 anos, sou casada com Walter Dorta Junior, tenho dois filhos, o Lucas com 15 anos e a Lara com 04 anos. Em Dezembro de 2012, fui diagnosticada com câncer de mama. Naquele momento senti que o mundo estava desabando em minha cabeça. Senti várias coisas ao mesmo tempo, sentia náuseas, suava frio, não conseguia enxergar um palmo diante de meus olhos, despenquei a chorar compulsivamente, era como se minha vida tivesse parado e naquele instante era como se ali terminaria tudo. Sem chance de lutar e os planos que eu havia feito não se concretizariam, não veria meus filhos crescerem, se casarem formar uma família, esses pensamentos não me saiam da cabeça. Durante o tratamento como iria reagir, eu sei o porquê: eu estava inicialmente com medo de fazer a quimioterapia? Sim, meu cabelo iria cair. Mas essa não era a única razão. Demorei algum tempo para reconhecer que cada doença tem sua interpretação simbólica e que o câncer está associado à morte. É muito, muito assustador estar levando a marca da morte enquanto você está viva e lutando para permanecer viva. E nada associado ao câncer – calvície, agulhas, é culturalmente interpretado como uma porta de entrada para a vida, ao contrário.Quando se tem câncer, é preciso lidar não apenas com a doença em si, mas com a sua representação social. Esse estigma aumenta a vulnerabilidade emocional, desrespeitando e magoando o paciente. No Natal, meu cabelo ficou como algodão e caía em chumaços. Isso também foi assustador e me deprimiu. Então raspei minha cabeça e ficar careca era um dos meus maiores medos e mesmo assim, a aparência é uma necessidade para pacientes como eu, que não querem parecer diferentes, que não querem andar carecas pelas ruas com as pessoas olhando com pena (ela deve ter câncer, coitada) ou com aversão de uma visão desagradável que não existe regras. Algumas mulheres como eu acham turbantes mais confortáveis, outras não se incomodam em expor suas cabeças calvas, eu sabia que a quimioterapia é um tratamento sistêmico e que como tal, meu sistema imunológico como um todo foi sendo afetado pelas drogas circulando em meu sangue. Eu fui aconselhada a evitar comida crua de qualquer tipo, lugares cheios, pessoas com resfriados, o que é impossível. Câncer é uma enfermidade séria. Como muitas outras. Estigma é destrutivo. Eu gostaria que houvesse mais informação e mais pesquisa sobre a combinação de câncer e estigma. A vida é perigosa. E bonita. Para me ajudar a passar por tudo isso e a enfrentar essa doença de cabeça erguida e com dignidade o Instituto Amor e Vida tem sido de grande importância, pois lá fui recebida com muito amor, carinho, muita atenção por profissionais competentes, responsáveis e acima de tudo humanos e solidários. Desde o primeiro dia que cheguei a casa fui recebida pela Leninha, uma pessoa educada, amável que me encaminhou para Márcia (assistente social) que também é de uma educação e uma doçura que contagia, onde ela me encaminhou para Danielli (Psicóloga) e o Rogério (Reik) que me acolheram muito bem e faço meu tratamento todas as semanas e que está contribuindo muito para a minha cura física e emocional. É um lugar onde você se sente como se estivesse na sua própria casa com pessoas maravilhosas, profissionais qualificados e competentes cheios de boas energias e acima de tudo, sem preconceitos.
Dóris Day Pacheco Lemos
Geralda Alves de Oliveira
“Amo ser voluntária do Instituto Amor e Vida.”